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Coping* para o Sucesso

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* O termo coping é frequentemente utilizado na Psicologia para se referir ao conjunto de estratégias cognitivas e/ou comportamentais que permitem a uma pessoa ultrapassar uma situação que lhe está a causar stress.

Quantas mais oportunidades eu tenho de conhecer Gestores de Programas de Voluntariado que trabalham em diferentes ambientes e contextos, mais eu aprecio o quão a nossa profissão continua a crescer e a evoluir.

O voluntariado está a mudar, e como resultado as nossas práticas de gestão de voluntariado também estão a mudar. Os nossos trabalhos. hoje em dia, são mais frequentemente ditados por níveis elevados de papelada, pela necessidade de cumprir com os requisitos legais e por uma maior responsabilidade no que toca à contabilidade e aos relatórios, do que pelos esforços de coordenação e de apoio direto aos esforços dos nossos voluntários. 

Resumidamente, parece que, hoje, nós precisamos de ter muitas mais bolas no ar do que anteriormente.

Junte isto a outros problemas comuns que experienciamos no nosso setor como, por exemplo, a falta de apoio de alto nível, os poucos recursos e um número incrível de gestores a terem vários trabalhos, e é bastante fácil de ver que o quadro que estamos a pintar não é sempre um com sol e rosas! 

Com todos estes fatores em jogo, surge a situação inevitável onde os gestores de programas de voluntariado têm de fazer mais com menos – e com isto vêm níveis mais altos de stress e ansiedade. Será que esta é uma das razões pelas quais nós temos uma rotatividade tão elevada do nosso pessoal nesta área?

Infelizmente, para muitos de nós, os nossos trabalhos tornaram-se em nada mais que um ciclo árduo de “trabalho ocupado”, deixando pouco tempo para o nosso espaço pessoal, ou pelo menos, a oportunidade para planear uma forma de escapar o ciclo no quais nos encontramos. 

Então quais é que são algumas das formas que os gestores de programas de voluntariado podem adotar para ultrapassar este ciclo de stress e de encontrar formas de ter sucesso sob a pressão que os tempos modernos aplicam no voluntarismo? 

Deixe-me sugerir alguns. 

Em primeiro lugar, tome conta de si 

Nós servimos de pouco aos outros se não formos capazes de pensar de forma clara mesmo quando estamos sob pressão, ou de termos a capacidade para lidar com a carga laboral que os nossos trabalhos podem trazer. Estar em forma e saudável é um elemento importante para garantir que nos sentimos no controlo da nossa situação. Um regime de exercício, uma boa dieta e certificar-se que dorme adequadamente a cada noite são passos fáceis para manter a sua paz de espírito.

Tenha uma vida fora do trabalho 

Há uma tentação natural que ocorre quando enfrentamos uma carga de trabalho elevado que é trabalhar mais tempo e mais arduamente para que se consiga limpar a lista das tarefas a fazer que tem na sua secretária, mas ter interesses fora do trabalho é fundamental para garantir que a sua vida laboral não se torna a sua única vida! Tirar umas férias com a sua família, praticar algum desporto, arranjar um hobby ou decidir fazer trabalho voluntário noutra agência são formas muito boas para garantir um equilíbrio na sua vida.  

Pratique o que defende 

É incrível como poucos gestores utilizam voluntários para apoiarem diretamente as suas posições. Confiar nos membros de uma equipa de voluntariado com papeis tais como entrevistar, orientar, apoiar e treinar novos voluntários é uma ótima forma de conseguir aquelas horas extra na sua semana para recarregar as suas baterias e pensar estrategicamente.  

Estude estratégias de gestão de tempo 

Já se escreveram volumes enormes com muita informação sobre os diferentes aspetos da gestão de tempo. Os gestores de voluntariado prudentes irão conseguir arranjar tempo para investigar sobre algumas destas e implementar pelo menos algumas destas estratégias mais simples. 

Compreenda o poder do um 

Um elemento fundamental no voltar a ganhar controlo, é compreender o poder de um único minuto, e como o efeito acumulado de poupar vários “únicos minutos”, através de um reagendamento das práticas de trabalho, pode conseguir abrir caminho para desenvolver mecanismos de coping. Por exemplo, se nós conseguirmos reorganizar as nossas práticas de trabalho de forma que se consiga poupar um minuto a cada hora, poderemos poupar um tempo acumulado de quatro dias de trabalho a cada ano nos quais podemos estar a fazer outras coisas. 

Encontre um mentor 

Aproveite o tempo para procurar e encontrar um mentor. É improvável que alguém venha bater à sua porta a oferecer-se, então está na altura para identificar alguém que ache que seria apropriado, alguém que você confie na opinião dele(a) e alguém que acredite que será completamente honesto consigo. Caso consiga, então tudo o que precisa de fazer é perguntar-lhe!

Redes 

Conhecer outros gestores de programas de voluntariado, seja na sua cidade, ou noutro sítio no mundo via internet, é uma grande estratégia para manter a sua sanidade! Não só achará falar com outros da mesma área uma experiência terapêutica como também ficará encorajado(a) ao saber que não é a única pessoa a experienciar as frustrações que enfrenta.

Diga NÃO! 

É uma pequena palavra, mas provavelmente é a palavra mais importante que alguma vez precisará de aprender. Por natureza muitos gestores de voluntariado querem ajudar de qualquer maneira que possam. Só isto já é uma boa qualidade, mas se o resultado é um aumento no stress para si e para a sua equipa, então precisa de tomar controlo. Porque se todos os seus supervisores e clientes ouvirem sempre um “sim”, que indicação é que eles têm que você não está a conseguir lidar com tudo?

Seja proativo(a)!

Qualquer método que aplique será importante para compreender que estes são fundamentais para o bem-estar do programa e para o seu próprio estado de espírito. Se não fizer nada, então nada irá mudar, então é importante que pôr em praticar pelo menos uma pequena estratégia caso se encontre numa situação na qual tudo está a sair fora de controlo.

Porque é que este tópico é importante?

Em primeiro lugar, porque não vai melhorar com o tempo! Regra geral, o uso e foco no voluntariado aumentou nos últimos anos e não teve um aumento correspondente em termos de pessoal e recursos atribuídos aos departamentos de voluntariado. O pessimista dentro de mim diz que isto não irá melhorar em breve, assim sendo, torna-se fundamental que nós próprios comecemos a desenvolver estratégias para trabalhar de forma diferente.

A segunda razão que me faz considerar este tópico é digno da designação de tópico muito popular, é que muitos gestores de programas de voluntariado, atualmente, parecem ter chegado a um ponto onde eles agora aceitam estas agendas de trabalho incrivelmente ocupadas e irrealistas como sendo a norma!

Em suma

Enquanto nós esperamos que estes ideias sejam úteis para muitos de vós, não é de forma alguma definitiva, então porque não descer um pouco mais abaixo na página e partilhar os vossos sucessos e estratégias para ultrapassar dificuldades com outros leitores?

  • Concorda com o facto de os gestores trabalharem sob cada vez mais pressão?
  • Que mecanismos de coping já tentou com sucesso?
  • O que já tentou e não teve sucesso?
  • Sinta-se à vontade para partilhar a sua história